“Surfcasting”
Boas pessoal!
Estava ansioso por meter novamente os olhos nesta Costa, assim que cheguei à beira da falésia e vi o mar até onde a minha vista alcançava senti um consolo inexplicável, saí da carrinha e sentei-me numa pedra a matar saudades disto tudo enquanto olhava à minha volta, e que saudades que eu tinha de me sentar em cima de uma pedra daquelas tão confortável.
O Mar mostrava boa cor mas era um pouco forte, no entanto a tendência era para descer gradualmente ao longo da tarde e até lá tinha tempo para estudar bem a coisa, logo detectei um pequeno problema, é que nesse sítio exacto onde eu queria meter as canas a pescar tinha alguma “carência” de areia, o que não é normal nesta altura do ano, pois ainda mal não começou o “Inverno” e já isto está assim, pensei que meter as canas a pescar ali no meio de tantas pedras seria o mesmo que entrar numa rua perigosa, então acabei por ficar um pouco mais ao lado num fundãosito que mais parecia uma daquelas piscinas naturais em que os putos brincam no verão quando a maré está vazia.
Bom, mas já em acção de pesca o tempo foi passando e a actividade era nula, com o mar bom, maré boa, spot bom e peixe nada, é o mesmo que dizer (o canário é bonito mas não canta), cerca de 30 minutos mais tarde reparei que uma das canas afrouxara um pouco, bom afinal parece que já “pia” qualquer coisa. Peguei na cana e ao sentir que tinha lá peixe fui recuperando aos poucos, deu umas cabeçadas mas nada de mais e só ali na borda de água é que o Robalo teimou um pouco em separar-se do mar, mas teve de ser, vinha embuchado e por isso não lutou enquanto estava mais fora, Robalo guardado no ceirão e continuei a pescar mais algum tempo.
Um peixe solitário livrou-me o chibo nesta jornada, embora tivesse pescado cerca de mais uma hora e meia a seguir à captura a noite estava feita e não valia a pena pedir satisfações ao mar. Fiquei satisfeito, pois já precisava de uma noite destas, ar puro, paz e tranquilidade.
Agora anseio pelas noites húmidas e madrugadas frias de Inverno, noites de sofrimento mas que no fundo eu até gosto…
Material utilizado
Canas: Cinnetic
Carretos: Cinnetic
Linhas: SkyLine 0,24 nos carretos, chicotes Cinnetic e SkyLine 0,40 nos estralhos
Anzois: Hayabusa
Aguídões
Nesta altura do ano quando chove e no dia seguinte faz sol, normalmente dá-se o “desabelhar” das aguídas e aguídões, e foi o que aconteceu neste dia assim que o sol espreitou com força num ambiente ainda meio húmido e quente. Nos tempos em pescava em Vila Real de S.António conheci um velhote que me disse que nos dias que as aguídas desabelhavam ele apanhava sempre um bom peixe, como desde puto sempre gostei de conversar com os mais velhos porque acho que com eles aprende-se muita coisa sobre a Natureza nunca mais me esqueci de tal conversa, se é verdade ou não isso já não sei, mas o que é certo é que neste dia aconteceu…
Aguída
Aguídas
Com tanto tempo sem vir para estas bandas é claro que vinha cheio de força de vontade de fazer alguma coisa de útil pela Natureza, como sei que poucos ou nenhuns por aqui são capazes de apanhar lixo tive de calçar as luvas e meter mãos à obra.
Foi com toda a certeza a maior apanha de lixo que alguma vez fiz no mesmo dia.
É caso para dizer que é o meu record em lixo apanhado.
Neste dia a carrinha veio cheia, mas não foi de peixe.
Um dia destes combinei uma petiscada com os amigos João Santana e o Bruno Cavaco (Capitão) meti o avental e preparei uns “periquitos fritos à Lobo” 😂 afinal o pessoal tem de comer alguma coisa 😉
Mesa pronta e tudo apostos para trincar uns tordos 😋
Neste final de dia ainda quente eu e o Capitão optamos por varrer ali uma boa teca de cervejolas enquanto o João lá teve que despachar a garrafa do tinto. Os petiscos com os amigos da pesca é outra forma de pescar e neste dia não foi excepção, também contámos velhas histórias e relembramos outros tempos, isto tudo claro sempre bem regado.
Pessoal por hoje é tudo, haja saúde e força aí…