“Spinning”
Boas
pessoal!
Estava uma
noite daquelas mesmo boas para estar na lareira, mas como eu não tenho lareira
olha que se lixe, vou para a pesca então, este vício de sentir peixe ao
spinning dá para tudo, não sei se lhe chamo febre ou doença difícil de curar,
ou então as duas coisas…
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Quinze dias
antes tinha apanhado uma maldita de uma constipação aqui e resolvi que era para
lá que ela iria voltar, pensando: (apanhei-te lá e é lá que te vou deixar,
constipação desgraçada, sua cabra) foi quase como um “catch and release” hehehe
uma expressão com a qual eu não simpatizo mas que a malta moderna usa muito.
Bom mas tudo
começou com um estudo pormenorizado do pesqueiro nessa tarde a fim de detectar
se havia areias novas ou alguma mudança desde a minha ultima visita ao local.
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Se queremos
ter sucesso temos de escolher o local certo e a hora exacta que cada pesqueiro
funciona, o que não é tarefa fácil, porque a juntar a isso tudo existem outros
factores que têm de se alinhar na perfeição, ou pelo menos quase na perfeição,
ainda hoje e passados quase 15 anos continuo a aprender e a fazer experiencias
em spots que eu pensava que já os dominava no seu todo, cheguei à conclusão de
que os hábitos dos Robalos também mudam de ano para ano e também têm as
suas manias o que por vezes me deixam um pouco baralhado, vou tentando estar
sempre atento aos seus hábitos para me manter no seu encalço, eu já os avisei que serei sempre a sombra deles 😉
A noite era
minha e das estrelas que olhavam por mim, à hora que me parecia ideal fiz os
primeiros lançamentos e em pouco tempo tive logo alguns ataques “(Ai estão cá
hoje!!! Então sinto muito mas o sossego acabou- se meus meninos)”
Esta foi uma
jornada daquelas em que o peixe mostrou muita actividade, no entanto eram
peixes pequenos, assim por alto penso ter devolvido à volta de uma boa meia
dúzia de robalotes e talvez outros tantos que não ferraram bem e se soltaram.
No final
guardei apenas estes três que me pareceram ser os mais jeitosos e os restantes
foram à vida deles, havia anos que não sentia a presença de tantos robalotes
pequenos como tenho presenciado nos últimos meses, é um bom presságio, melhor ainda
era subir a medida mínima para os 40 cm pelo menos e haver fiscalização
apertada principalmente no verão e com maior incidência dentro das Rias…
Mais uma vez
a Átila mostrou ser uma arma poderosa em pesqueiros de pouca profundidade e com
pouco mar.
Material utilizado:
Cana: Hunthouse Puncture
2,73m
Carreto: 4500
Multi: 0,18
Amostra: Hunthouse (Átila)
Quando a
pesca acabou foi a minha vez de dar ao dente também e aquecer uma lasanha que
tinha levado de casa, um gajo também tem de comer alguma coisa, atão 😋
Ao passear
de dia na maré vazia observei pequenas colonias de animais marinhos que lá
habitam, sendo que alguns deles são o manjar que os Robalos tanto procuram,
logo à partida é um bom indicador de que podem aparecer Robalos no pesqueiro…
Vejo a
Natureza como uma grande aliada e uma grande inspiração nas minhas jornadas de
pesca.
Voltando
agora para dentro da Ria, a saga da Canilhas continua e estas foram apanhados
num spot que até alguns Fuzileiros choravam à vinda para terra
Material de
qualidade
Mas aqui na
Ria para além de búzios e canilhas, também conheço uns buracos onde volta e
meia lá saco uns bons polvos nas primeiras marés de lua quando me antecipo aos velhos,
nestas coisas se um gajo quer ser bem-sucedido tem que se levantar ainda de
noite da cama que isto deitado não se apanha nada e os velhos antecipam-se 😉
Hoje despeço-me
com esta travessa de polvo à Lobo
Saúde e
força aí pessoal.