“Spinning”
Boas pessoal!
O mar esteve uns dias de feição e fui fazer um spinning a ver se me calhava alguma coisa.
Cheguei ao spot já de noite, fui mais tarde para evitar como sempre o trânsito da rua nºEN125, ia a caminho e a pensar qual seria o laredo em que iria apostar nesta noite, resolvi ir a um spot que não ia há muito tempo e que não sabia se já tinha desareado ou se ainda tinha alguma areia, seria um tiro no escuro…
Os dias estavam quentes mas as noites já eram frescas, um gajo sai de casa à verão mas tem de levar uma muda de inverno porque de noite e de madrugada já faz uma boa rijeza e se o vento encana de Leste ou Nordeste até miam, que saudades que eu tinha destas noites frescas.
A abordagem ao pesqueiro como sempre fez-se com cautela e devagarinho pois à noite os cuidados têm de ser redobrados e lá em baixo um simples movimento em falso ao caminhar por cima das pedras húmidas ou molhadas pode tornar-se bastante perigoso se não formos cautelosos.
Em acção de pesca ao fim de meia hora tive o primeiro peixe e talvez uma meia hora depois tive o segundo, dois Robalos já bons que valiam a investida, mais tarde tive um terceiro ataque bom mas não ferrou, era a “maldição” dos mares a cumprimentar-me, pois quase sempre quando isso me acontece não tenho mais qualquer ataque, o que se veio a confirmar mais tarde.
Este é um pesqueiro com alguns caprichos e esta foi uma jornada produtiva em termos de conhecimento e conclusões para o futuro, pois com o passar dos anos vai-se gravando certos pormenores na memória que mais cedo ou mais tarde contribuíram para o sucesso de uma boa pescaria.
Material utilizado
Cana: Cinnetic Crafty Sea Bass CRB4 3m
Carreto: Cinnetic Cautiva ll 4500
Linhas: multi RayBraid 0,18 com chicote 0,40 Skyline da Cinnetic
Artificial responsável pela captura: Crafty Minnow 150F (cor nº3)
A Crafty minnow 150F da Cinnetic tornou-se uma amostra imprescindível pare este tipo de pesqueiros de muita pedra e pouca água, pois ao contrário de outras amostras que afundam pouco e agarram mal esta é uma amostra que afunda pouco e agarra razoavelmente bem.
O amanhecer do dia seguinte revelou o que eu mais temia, dezenas de bóias junto à Costa denunciavam centenas de metros de redes e aparelhos alvorados, coisa que já faz parte daquela Costa quando o mar dá uma quebra de vários dias.
Depois de subir um laredo à noite e quando chego lá em cima, uma “sopa dos pobres” vem mesmo a calhar. (sopa dos pobres = sopa com uns bocados de pão para render mais)
Nos últimos meses tenho vindo pouco para estas bandas como é normal no verão, então aproveitei a manhã seguinte para dar um “Olá” a algumas pessoas amigas que vivem na Vila e que eu vou conhecendo por aqui com o passar dos anos…
Corvos, o pássaro preto que representa o mal, há quem diga que representa o diabo, outros dizem que é o confidente das bruxas, seja lá o que for para mim tanto faz, eu gosto deles…
E quando se quer descansar de dia e as moscas não deixam, principalmente no Outono que elas andam alvoradas, lá se tem que improvisar uma rede mosquiteira.
Nunca gostei de usar o termo “grade” na pesca, pois prefiro o meu querido chibinho embora não tenha saudades nenhumas desse gajo, mas neste dia levei uma grade que alguém deixou no campo depois de ter feito um piquenique, infelizmente é assim…
Bom mas o verão parece que já lá vai e o mar começa a “serrar os dentes” como é normal nesta altura do ano, ele é que manda e resta-me esperar como ele me ensinou…
Pois a última palavra cabe sempre ao Mar Vicentino.
Saúde da boa e força aí pessoal.